domingo, 13 de julho de 2014

A Bíblia e o “pecado original”

Muitos pregadores cristãos afirmam que nós somos frutos do “pecado original”, ou seja, o pecado cometido por Adão e Eva, os “pais da humanidade”, ao provarem do fruto da árvore do conhecimento. Por este ato dos nossos pais primordiais já nascemos com essa marca, ou seja, já nascemos em pecado. Ou seja, nós, os filhos, pagaríamos pelo erro cometido por nossos pais primordiais.
Entretanto, se observarmos a Bíblia com atenção, encontraremos trechos que desmentem essa afirmação – os pregadores estão cheios de afirmações tiradas sabe-Deus-de-onde, e que têm como função apenas defender seus interesses materiais de poder e dinheiro.
Em Deuteronômio, cap. 24, v. 16, lemos que “Os pais não serão mortos pela culpa dos filhos, nem os filhos pela culpa dos pais; cada qual morrerá pelo seu pecado”. Isso contraria o mito do “pecado original”, onde todos nós pagamos pelo erro de Adão e Eva. Esse trecho está mais de acordo com o que disse Jesus, sobre ser dado a cada um de acordo com as suas obras. 
Segundo Jesus, Deus é justo e bom. Entretanto, seria justiça que o filho pagasse pelo erro de seu pai? Se o pai mata alguém, seria justiça prender o filho?
Não nascemos com nenhum “pecado original”. Ao longo de nossa vida vamos acumulando erros, que somam-se aos erros cometidos em vidas anteriores. Pagamos por esses erros, e apenas esses. Perante Deus, cada qual responde pelos seus próprios atos, respondendo pelos seus erros e recebendo a recompensa pelos seus acertos. Deus não deixa nenhum ato sem sua correspondente punição ou recompensa. É aí que residem a justiça e a bondade divinas.    

domingo, 29 de junho de 2014

A Bíblia e a reencarnação



Diversas religiões, especialmente as orientais, acreditam na reencarnação do espírito. O Cristianismo, nas suas vertentes católica e evangélica atuais, a negam. Para reforçar essa negação, baseiam-se na própria Bíblia, inspirada por Deus, segundo eles próprios.
Entretanto, podemos encontrar, na mesma Bíblia, elementos que provam a reencarnação. Neste caso, como a Bíblia é inspirada por Deus, negar a reencarnação é negar a procedência divina da Bíblia.
Em Mateus, capítulo 17, versículos 1-13, temos o momento em que Jesus vai até um monte em companhia de três discípulos – Pedro, Tiago e João – e, neste monte, Moisés e Elias aparecem a Ele, aparição esta que os discípulos também presenciam. Os discípulos questionam Jesus sobre o que dizem os escribas, que é mister que Elias viesse primeiro. Jesus, então, lhes respondeu: “Certamente Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas. Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem. Então entenderam os discípulos que lhes falara a respeito de João Batista” (Mateus, cap. 17, v. 11-13).
Questionado pelos discípulos sobre uma provável volta do profeta Elias, Jesus assevera que o profeta já havia voltado, mas que não fora reconhecido. Os discípulos, então, entendem que Ele lhes falava de João Batista.
Em primeiro lugar, a volta de Elias é prevista pelos escribas, segundo os próprios discípulos – fato que não é negado por Jesus. Como, teoricamente, Elias não morreu – ele foi levado aos céus em um redemoinho (Reis, cap. 2, v. 11), ele poderia retornar com a mesma forma que tinha anteriormente, ou seja como Elias. Entretanto, ao dizer que Elias voltara e que não fora reconhecido, os discípulos entenderam que Jesus lhes falara a respeito de João Batista. Ou seja: fica bem claro que Elias voltaria, sim, mas que não voltaria como Elias, e sim que já havia voltado como João Batista. Elias voltou com um novo corpo e com um novo nome. Como isso seria possível sem a ideia da reencarnação? Como Elias voltaria em uma forma diferente, em um novo corpo, sem a ocorrência da reencarnação?
Além disso, a ideia da reencarnação condiz com a afirmação de Jesus de que Deus é justo e bom. É justo, pois nos julga de acordo com os nossos erros; é bom, pois nos dá uma nova chance para repará-los, e essa chance nos é dada por intermédio da reencarnação. Ou será mais correta a visão católica e evangélica de um Deus que nos manda para o Inferno quando “pecamos”, sem nos dar nenhuma chance de repararmos os nossos erros?
Sem a ideia da reencarnação, todos os ensinamentos de Jesus se tornam sem sentido, uma vez que não teríamos tempo para progredirmos, assim como nos ensinou o Mestre.
Nossa vida é como um piscar de olhos para Deus. Porém, se cometemos um erro neste ínfimo momento, somos condenados a sofrer no Inferno por toda a Eternidade. Isso é justiça e bondade?
Quem tiver ouvidos para ouvir...       

domingo, 22 de junho de 2014

As aparições de anjos, narradas na Bíblia, nada mais são do que manifestações espirituais



Muitas pessoas, cujas mentes estão presas a dogmas e que não têm a disposição e a capacidade para raciocinar por conta própria, argumentam que as manifestações espirituais são embustes perpetrados por charlatães que têm por único objetivo enganar os crédulos. Defendem que estas manifestações não podem ocorrer e argumentam, para comprovar esta posição, que Deus “proíbe” o contato com os “mortos”. Algumas questões se colocam diante destas afirmações.
Primeiro: se as manifestações  são apenas embustes e não ocorrem de fato, por que Deus as proibiria? Que sentido há em se proibir algo que, naturalmente, não pode ocorrer?
Segundo: a própria Bíblia está repleta de relatos de aparições espirituais. Afinal, o que seriam as inúmeras aparições de “anjos” além de manifestações espirituais? Afinal, os chamados “anjos” não passam de seres espirituais, altamente desenvolvidos, mas, ainda assim, espíritos.
Terceiro: o que dizer das aparições de Moisés e Elias a Jesus, em um monte, aparição esta que foi presenciada por três discípulos – Pedro, Tiago e João? (Mateus, cap. 17, v. 1-13). Como Elias e Moisés poderiam ter aparecido a Jesus, uma vez que ambos já estavam mortos há vários anos antes que Jesus nascesse?
As pessoas que negam as manifestações espirituais o fazem simplesmente por se prenderem à dogmas contraditórios e insustentáveis a uma perquirição mais atenta, em vez de analisarem a questão de forma racional.
Manifestações espirituais ocorrem desde tempos remotos, como na época do oráculo de Delfos, na Grécia, que, segundo afirmavam, era inspirado pelo próprio deus Apolo. Joana D’Arc conduziu seus exércitos para a vitória inspirada por vozes que lhe diziam o que fazer e, por isso, foi condenada à fogueira, acusada de bruxaria. Se as comunicações espirituais não podem ocorrer, se são apenas embustes, como ela poderia ser uma bruxa? No máximo, seria uma charlatã.
As manifestações espirituais são negadas simplesmente porque põem em xeque vários dogmas defendidos por religiões que querem apenas manter o controle sobre seus fiéis, cujos líderes, dessa forma, mantêm seu poder e, ao contrário da humildade que pregam, ostentam sua riqueza, riqueza esta sustentada por pessoas humildes e que são enganadas por ensinamentos deturpados.
As manifestações espirituais, conduzidas por pessoas sérias, são um elemento de consolação para um grande número de pessoas, como o tem provado célebres espíritas como Chico Xavier e Divaldo Franco, entre diversos outros.